Projetos e Pesquisas
2007 - Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Brasília
- URBANIZAÇÃO DA EXPANSÃO DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
O desmatamento produziu áreas excessivamente expostas, ilhas de calor e gigantescos redemoinhos, além da diminuição da biodiversidade local e do assoreamento dos corpos d’água que abastecem o Lago.
O desenho urbano da expansão do extremo sul do Campus da Universidade de Brasília que abrigará o Parque Científico e Tecnológico, teve como núcleo estruturador um fragmento de vegetação nativa de Cerrado, importante porção do ecossistema por favorecer a conectividade entre fragmentos maiores. Sua preservação e ambientação com o elemento água, pensada como componente urbano da árida e ressequida paisagem, ao mesmo tempo que introduz umidade, resfria a temperatura do ar e favorece a permanência nos espaços abertos do Campus.
O projeto de urbanização foi realizado a partir de parcelas de tamanho médio para aumentar a acessibilidade, evitando deixar áreas residuais, contribuindo para a identidade gregária e auxiliando a orientação espacial. Costuradas com biovaletas, grades verdes, jardins de chuva e outros elementos lúdicos de água, resgatando dessa forma métodos vernáculos de conectá-la, armazená-la e distribuí-la, reproduzindo princípios de utilização da água como elemento urbano de socialização.
Com as técnicas de infra-estrutura verde surgem pequenas praças tratadas bioclimáticamente ao longo dos canais de infiltração para reforçar o sentido de vizinhança, ciclovias, adensamento para diminuição dos deslocamentos e localização de tipologias mais altas nas cotas superiores para não criar barreiras na direção dos ventos predominantes.
Cria-se uma experiência de espaço envolvente com microclima favorável a partir da inércia térmica das massas de água (láminas, lagos, canais) e por meio da evaporação (fontes, surtidores, cascatas, cortinas, circulação de água em canais cobertos para aproveitar a sombra e obter ar resfriado), unem-se ao conjunto a aspersão e a micronização (operados em zonas de radiação direta).
Proclamam o inicio da transformação sustentável e o uso passivo das energias naturais (sol e vento) no Campus a contrução-modelo de 1.300m2, a ser iniciada em 2008, que abrigará o Centro de Recuperação de Áreas Degradadas. O bosque de mata nativa integra a arquitetura e o paisagismo, perpassa um pátio sombreado por pérgulas e resfria o ar com coberturas ajardinadas e brises verdes umidificadas com vapor de água micronizado. A estrutura pré-moldada de concreto possibilita uma construção rápida, durável e sem geração de resíduo.
- INOVAÇÃO E CAPACIDADE DE TRANSFERÊNCIA
- PADRÕES ÉTICOS E EQUIDADE SOCIAL
- USO EFICIENTE DE RECURSOS NATURAIS E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
- DESEMPENHO ECONÔMICO E COMPATIBILIDADE
- IMPACTO ESTÉTICO E ADEQUAÇÃO AO CONTEXTO