LaSUS - Laboratório de Sustentabilidade Aplicada à Arquitetura e ao Urbanismo
LaSUS
  • Início
    • Últimas Notícias
  • Pós-Graduação Reabilita
    • Reabilita 11
  • O Laboratório
    • Pesquisadores
  • Publicações e Projetos
    • LIVES - Por que Agora?
    • Projetos
    • Livros e Revistas
    • Teses
    • Dissertações
    • Monografias e Artigos Reabilita
    • Artigos, textos e outros
  • Contato

Projetos e Pesquisas

2007 - Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Brasília

  • URBANIZAÇÃO DA EXPANSÃO DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA 
Brasília acondicionada à topografia bem como às linhas de drenagem dentro da bacia do Lago Paranoá, distante do lago, para não comprometer a sustentabilidade hídrica da região. No entanto, a ocupação intensa modificou a topografia e removeu a cobertura vegetal do Cerrado Sensu Stricto. 
O desmatamento produziu áreas excessivamente expostas, ilhas de calor e gigantescos redemoinhos, além da diminuição da biodiversidade local e do assoreamento dos corpos d’água que abastecem o Lago. 
O desenho urbano da expansão do extremo sul do Campus da Universidade de Brasília que abrigará o Parque Científico e Tecnológico, teve como núcleo estruturador um fragmento de vegetação nativa de Cerrado, importante porção do ecossistema por favorecer a conectividade entre fragmentos maiores. Sua preservação e ambientação com o elemento água, pensada como componente urbano da árida e ressequida paisagem, ao mesmo tempo que introduz umidade, resfria a temperatura do ar e favorece a permanência nos espaços abertos do Campus. 
O projeto de urbanização foi realizado a partir de parcelas de tamanho médio para aumentar a acessibilidade, evitando deixar áreas residuais, contribuindo para a identidade gregária e auxiliando a orientação espacial. Costuradas com biovaletas, grades verdes, jardins de chuva e outros elementos lúdicos de água, resgatando dessa forma métodos vernáculos de conectá-la, armazená-la e distribuí-la, reproduzindo princípios de utilização da água como elemento urbano de socialização.
Com as técnicas de infra-estrutura verde surgem pequenas praças tratadas bioclimáticamente ao longo dos canais de infiltração para reforçar o sentido de vizinhança, ciclovias, adensamento para diminuição dos deslocamentos e localização de tipologias mais altas nas cotas superiores para não criar barreiras na direção dos ventos predominantes. 
Cria-se uma experiência de espaço envolvente com microclima favorável a partir da inércia térmica das massas de água (láminas, lagos, canais) e por meio da evaporação (fontes, surtidores, cascatas, cortinas, circulação de água em canais cobertos para aproveitar a sombra e obter ar resfriado), unem-se ao conjunto a aspersão e a micronização (operados em zonas de radiação direta).
Proclamam o inicio da transformação sustentável e o uso passivo das energias naturais (sol e vento) no Campus a contrução-modelo de 1.300m2, a ser iniciada em 2008, que abrigará o Centro de Recuperação de Áreas Degradadas. O bosque de mata nativa integra a arquitetura e o paisagismo, perpassa um pátio sombreado por pérgulas e resfria o ar com coberturas ajardinadas e brises verdes umidificadas com vapor de água micronizado. A estrutura pré-moldada de concreto possibilita uma construção rápida, durável e sem geração de resíduo.

  • INOVAÇÃO E CAPACIDADE DE TRANSFERÊNCIA
A visibilidade do projeto, dentro do campus da única universidade pública da cidade, a reconhecida excelência e inserção social de seus acadêmicos, a abertura de parque tecnológico em seu interior, demandaram processos e produtos inovadores. Em especial no trato das águas residuais e uso da vegetação nativa. No projeto urbano foram utilizadas as técnicas de infra-estrutura verde de canais de infiltração, grades verdes, canteiros pluviais, cisternas para armazenamento de água de chuva, tratamento biológico das águas e na edificação técnicas de condicionamento natural do ar pela ventilação cruzada, ar umidificado, sombra projetada pelos brises e pergolados. Técnicas de fácil compreensão e transferência passiveis de serem utilizadas em outros lugares com estas características climáticas e ambientais.

  • PADRÕES ÉTICOS E EQUIDADE SOCIAL 
O compromisso com a sustentabilidade valoriza o encontro social em torno da água e a preservação do Cerrado, cujas árvores são utilizadas no processo regenerativo e no paisagismo favorecendo a conectividade entre fragmentos maiores. A edificação do CRAD contempla as aspirações da comunidade ao prover ambientes estimulantes, prazerosos e bem desenhados que encorajam a interação social.

  • USO EFICIENTE DE RECURSOS NATURAIS E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Gestão ecológica do ciclo da água e melhorias no microclima por meio do posicionamento das áreas aqüíferas e da vegetação no sentido dos ventos predominantes na direção leste. Há uma concentração da arborização posicionada na direção oeste para se evitar a incidência solar nas edificações. As novas tipologias urbanas foram dispostas acompanhando a declividade do terreno: 4 pavimentos nas cotas mais altas, 3 pavimentos na cota intermediária e 2 pavimentos nas cotas inferiores. Permitido o acesso à luz natural a todas as futuras construções, a partir do arranjo urbano e da disposição das principais empenas e, garantida a ventilação cruzada ao estabelecer laminas de formato estreito nas edificações, fica assim assegurado o baixo consumo de energia elétrica.

  • DESEMPENHO ECONÔMICO E COMPATIBILIDADE
O esgotamento e a drenagem de Brasilia usam o Paranoa como receptor, assoreando-o (o espelho d’água perdeu 2,3 km2 e 12,7 km2 dos tributários). A drenagem natural economiza redes, galerias, dissipadores de energia, gastos com limpezas e dragagens. Na edificação modelo, os brises, a ventilação cruzada, o ar resfriado e a iluminação natural reduzem o consumo de energia e evitam o ar condicionado.

  • IMPACTO ESTÉTICO E ADEQUAÇÃO AO CONTEXTO
Lucio Costa projeta as 400 ha do campus da UNB como parque, preserva a vegetação nativa. Nosso projeto de expansão de 55,4há, e área edificada de 339.000 m2, dá continuidade a este ideário, infra-estrutura verde e bosques de vegetação nativa melhoram, com o uso passivo das energias naturais e projeto de qualidade, a qualidade estética do ambiente, do ar e o conforto térmico.
Relatório Digital (PDF)
  • EQUIPE

Coordenadora
Marta Adriana Bustos Romero

Arq. Alberto Alves de Faria
Arq.  Liza Maria Souza de Andrade

Estagiário
William Veras R. de Souza
  • IMAGENS CONCEITUAIS
Powered by Create your own unique website with customizable templates.